Como é estranho percebermos fazendo parte de todas as mudanças da atualidade, pois vivemos e muitas vezes nem notamos que estamos no caldo da contemporaneidade...
No artigo "Corpo, fragmentos e ligações: a micro-história de alguns órgãos e de certas promessas" Ieda Tucherman destaca razões fortes para adentrar na pesquisa sobre o corpo como representação forte das profundas mudanças que a contemporaneidade traz. "(...) atenção - este conceito corpo, tal como foi concebido na modernidade, idenficamos a pesença das oposições que constituíram seu campo teórico, tais como: natureza/cultura (...) atual/virtual; vivo/não vivo etc..."
Agora este corpo dicotômico se desenha bem mais cheio de possibilidades de sua mudança estética e uma temporalidade bem maior, diante de um termo novo: tricotomia -corpo, mente e máquina. O último elemento que se insere paulatinamente na vida de todos. Nota-se nos filmes, na medicina, nas mercadorias que transitam para satisfazer a necessidade do consumo e na busca da perfeição do corpo.
Interessante destacar os filmes como marca desse momento pelo seu crescente "(...) caso de amor entre o cinema e a ficção-científica, inclusive porque esta se presta a espetacularidade dos feitos técnicos e a produção do espanto permitindo 'viagens estéticas' e experiências(...)".
Então, a autora chama para refletir sobre todas essas transições e como o homem diante de sentimentos construídos em seu "eu" vai compatibilizar os novos conceitos que a atualidade lhe faz viver. Como acomodar suas inquietações com tantas mudanças???
Algo a se pensar.........
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